Introdução:
Morte.
O mais misterioso, incansável e inevitável
adversário do homem.
A morte significa o fim da vida ou meramente
abre a porta a outra vida,
a outra dimensão,
ou a outro mundo?
Se a consciência humana sobrevive a experiência
da morte,
então o que determina sua transição a novas
realidades?
Para obter uma clara compreensão desses mistérios,
o homem tradicionalmente volta-se para filósofos
iluminados,
aceitando seus ensinamentos como representativos
de uma verdade superior.
Quando o homem se esforça para entender algo
que está além do alcance dos sentidos materiais,
além dos instrumentos de medição
e da capacidade de especulação mental, então,
não há alternativa, exceto buscar uma
fonte superior de conhecimento.
Nenhum cientista foi bem sucedido em explicar,
através de pesquisas de laboratório,
o mistério da consciência ou seu destino
após a destruição do corpo material.
A pesquisa nesse campo produziu muitas teorias
divergentes,
mas suas limitações devem ser reconhecidas.
Os princípios sistemáticos da reencarnação,
por outro lado, explicam,
de maneira compreensiva, as leis sutis
que governam nossas vidas passada,
presente e futura.
Se alguém quer compreender a reencarnação
de forma perfeita,
deve admitir o conceito fundamental de consciência
como uma energia distinta e superior à matéria
que compõe o corpo físico.
Esse princípio apoia-se no exame das singulares
capacidades de pensar,
sentir q querer do ser humano.
Os filamentos de ADN ou outros componentes
genéticos podem induzir sentimentos de amor
e respeito que alguém tem por outrem?
Que átomo ou molécula é responsável pelas sutis
nuances artísticas em "Hamlet" de Shakespeare ou
"Missa em si-menor" de Bach?
O homem e suas infinitas capacidades não podem
ser explicados por meros átomos e moléculas.
Einstein, o pai da física moderna,
admitia que a consciência não podia ser descrita
adequadamente em termos de fenômenos físicos.
"Creio que a moda atual de explicar os axiomas
da ciência à vida humana não é apenas um erro completo,
mas, também, tem algo de repreensível,"
disse certa vez o grande cientista.
Aceitar a noção de que a consciência surge da
interação molecular,
requer um enorme ato de fé, muito maior
do que o necessário para uma explicação metafísica.
Como Thomas Huxley, o famoso biólogo, disse:
"Parece-me muito claro haver uma terceira coisa
no Universo,, isto é, consciência, na qual...
eu não posso ver como sendo matéria, ou força,
ou qualquer modificação concebível
das duas tampouco..."
A reencarnação não é um evento alheio, antípoda,
mas que ocorre com regularidade em nossos corpos
durante essa mesma vida.
Em "Cérebro humano" o professor John Pfeiffer,
observa:
"O corpo não conserva uma só molécula que
continha há sete anos."
A cada sete anos, o corpo antigo de uma pessoa
é inteiramente rejuvenescido.
O eu, contudo, nossa verdadeira identidade,
permanece imutável.
Nossos corpos crescem da infância à juventude,
à meia idade, e depois à velhice,
mas a pessoa dentro do corpo, "o eu",
sempre permanece o mesmo.
A reencarnação - baseada num princípio de um eu
consciente,
independente de seu corpo físico - é parte de um
sistema de ordem superior que governa
a transmigração dos seres vivos de uma forma
material a outra.
Uma vez que a reencarnação trata de nossos eus
mais essenciais,
ela é um tema de principal relevância para todos.
Esse pequeno tratado sobre a reencarnação
explica de forma brilhante os fundamentos
de reencarnação apresentados no intemporal
texto védico Bhagavad-gita.
O Gita, milhares de anos mais velho que os
Pergaminhos do Mar Morto,
fornece a mais completa explicação da reencarnação
disponível em qualquer parte.
Ele tem sido estudado há milênios por muitos
pensadores do mundo,
e uma vez que o conhecimento espiritual
é uma verdade eterna e não muda a cada nova
teoria científica, ele ainda hoje é relevante.
Nesta era de incerteza global,
é imperativo que compreendamos a origem de
nossos eus conscientes,
como nos encontramos em diferentes corpos
e condições de vida e que destinos alcançaremos
na hora da morte.