O sol renascia.
Bocejadamente abri a porta.
O horizonte se escondia atrás das árvores.
***
Entro no estábulo de folha
e alimento minha criação.
Do balde ao chão:
consoantes, dígrafos, cedilhas...
***
Comem caladas.
Levo duas ao colo e as embalo,
dou tapas nas costas, faço de tudo
mas não rimam.
***
Foi quando estranhei um estranho estranho ali parado.
Sem métrica para prendê-las,
todas voaram, cheias de sons pensados,
para seus olhos.
Fabio Rocha
(do livro NA MEDIDA DO IMPOSSÍVEL)
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