Em cima de minhas lágrimas
Minha história se passou,
Não antes da mocidade,
Por que a infância se preservou,
E das muitas lembranças,
Um sorriso bastou.
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A infância já se passou.
A minha mocidade, do brilho
Agora se perdeu...e a mulher,
Em correntes se prendeu...
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O primeiro amor chegou.
Era primavera, verão...
Era uma flor em meu coração.
Me lancei nesta ilusão,
Pensando só na paixão...
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E quando acordei,
Da insanidade vivida,
Vi o amor passar,
Como em uma corrida.
Onde o ganhador,
Chega primeiro na avenida.
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Perdi minha alto estima,
Uma amiga verdadeira,
Parceira para qualquer viagem.
Hoje, sou vítima de minha insanidade...
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Presa fácil das palavras,
Da voz mansa que antes amava.
Hoje estou em correntes,
Minhas dores nunca cicatrizam.
Onde está o meu amor?
O final de minha história vivida?
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Para me soltar dessas amarras.
libertando minha alma sofredora,
choro a tristeza, choro a fraqueza,
choro o receio, choro a incerteza...
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Tudo chorado, meu eu revelado..
Eu tenha força, certeza...
E quebre as correntes,
Nadando, livre, feliz...
Neste rio de lágrimas,
com as correntes partidas.
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Betânia Uchôa
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