Pediu água, sentia sede e garganta seca,
lhe deram vinagre embebido em esponja.
E eu que tenho da água mais pura, límpida
e cristalina, não aprendi ainda agradecer!
Tortura atroz pratiquei contra o Filho de Deus,
preguei-Lhe os pés, proferi impropérios,
massacrei Seu corpo fazendo-O enrijecer pouco
a pouco...falta-Lhe o ar, sente sede de ar...
E como por encanto vi Jesus levantar-se da cruz,
queria falar, apenas dizia: Pai, perdoa-lhes, não
sabem o que fazem...toda angústia verte meu
corpo, temperatura cai, céu escurece, é hora...
Supremo esoforço ainda pronuncia: Deus Meu
Deus por que Me desamparaste? Depois clama:
Pai, em Tuas Mãos entrego Meu Espírito! Ainda
ouço meu grito, decepção pela ignorância!
Marta Peres
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