Licor de anis,azul,embriagante
a cada gole meus desejos trais
o vulto da singela e doce amante
-fluidos perfumes,densas espirais
Eu sorvo a tona desse anil bacante
e me inebrio em delirios tais
ouço o murmúrio dela,soluçante,
em sintonia com meus mudos ais.
A timidez me prende,soluçante
o coração reclama,segue avante,
por que não quebras o temor e vais?
- E quedo embora,bafejou-me a graça
-Licor de anis,sumiu da minha taça,
mas ela,dos meus olhos,
nunca mais!
(Ernane Nelson Antunes Gusmão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário