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sábado, 17 de abril de 2010

Papai Meu Amigo - Uma Homenagem aos Pais




Introdução

1ª Parte


Aconteceu quando eu estava supervisionando
um programa educacional para crianças
deficientes, muitos anos atrás.
Fazia observações numa sala de quarta série
de crianças ligeiramentes retardadas.
Sentava-me ao lado de seis crianças
e sua professora na sala de leitura.
Elas estavam lendo uma história
sobre um patinho que não tinha pai.
Como ocorre em todos os bons livros infantis,
este estava cheio de frases repetitivas.
O refrão era sempre:
"Mas o patinho não tinha pai."
A professora, tendo aprendido a melhor técnica
na sua prestigiosa escola normal,
lia com cuidado, clareza e sentimento.
Quando terminou a história,
passou de imediato a um período
de perguntas e respostas
para verificar a compreensão,
como fazem todos os bons educadores.
-Martha - disse a uma linda garotinha do grupo
-conte para a gente. O patinho tinha pai?
-Tinha. -A criança respondeu, sem a
menor hesitação.
A professora parou por um momento,
um pouco dsconcertada pela resposta
da garotinha.
Por fim, sorriu e disse:
-Martha, eu vou ler a história para você de novo,
e, desta vez, preste atenção.
Ela então repetiu várias partes da história,
cada vez acentuando o refrão familiar:
"O patinho não tinha pai."
Desta vez, certa do êxito, voltou
a perguntar a Martha.
-O patinho tinha pai?
Todo o grupo de leitura estava agora
num silêncio tenso,
enquanto Martha reconsiderava a pergunta.
Depois de vários momentos,
ela respondeu, com naturalidade:
-Tinha.
A frustação da professora começava
a transparecer a essa altura,
mas ela estava resolvida a que a criança
finalmente desse a resposta certa.
Com um leve tremor de irritação na voz,
pegou a criança no colo,
puxando o rosto dela para junto do seu.
-Agora escute com atenção, Martha.
Vou ler a história mais uma vez.
-Leu de novo: -O patinho n-ã-ã-ã-o tinha pai.
O grupo inteiro e a pobre Martha,
agora presa nos braços da mestra,
tiveram um sobressalto ante o som
exagerado do "não!".
-Agora-perguntou a professora de novo,
docemente, recuperando o controle -,
o patinho tinha pai?
A essa altura, os grandes olhos castanhos
de Martha estavam rasos de lágrimas
de medo e frustação.
O grupo inteiro esperava num silêncio ansioso,
enquanto, mais uma vez,
ela refletia com cuidado sobre a situação.
Finalmente, ela respondeu de novo:
-Sim, o patinho tinha pai.
Foi então que a mestra perdeu totalmente
o controle.
-Martha, você está me desapontando.
Simplesmente não está prestando atenção!
Aqui na história diz várias vezes
que o patinho não tinha pai.
Agora as lágrimas nos olhos de Martha
transbordavam e escorriam por suas faces.
-Mas, professora- falou-, todo mundo tem pai.
**
(continua depois)