Atividade Excessiva é Caminho Para a Depressão

Sabemos que a atividade é um santo remédio,
porque ela provoca um efeito anestésico,
um esquecimento da preocupação,
da tensão, da emoção.
Quando estamos trabalhando,
o tempo passa rápido e as preocupações desaparecem.
O trabalho desperta a autoconfiança e é
uma manifestação de poder e de glória,
mostrando-nos que somos capazes
de dar a volta por cima.
Com a ação excessiva, porém,
estamo-nos esmagando,
afastando-nos sempre mais de nós mesmos.
Estamos tomando uma vitamina
para desenvolver as neuroses.
Quando nos damos conta de que não sabemos
mais quem somos, quando o ter, o poder,
o saber dominam a nossa pessoa -
que antes, era simples, simpática,
boa, acolhedora - ,
já não podemos esperar,
temos de parar e refletir seriamente.

Depressão

Nada Vale Mais Que a Vida

A maioria das nossas pressas e urgências,

quando analisadas com calma e objetividade,

reduzem-se consideravelmente

ou até desaparecem.

Sacrificar a nossa identidade,

passar por cima de nós mesmos,

abarrotar-nos de atividades

é o caminho mais fácil e rápido para a tensão,

a ansiedade, a depressão.

É bom ter sempre presente que nada

vale mais que o nosso ser,

a nossa vida,

a nossa originalidade.

Apenas sendo nós mesmos, e não "clones"

dos outros, seremos felizes.

Depressão

Cada dia com sua dificuldade

Não tem sentido preocupar-se e abater-se

com o mal que já passou

se não tiver mais solução.

Na verdade, remoer o passado é uma tortura,

é uma autopunição sem razão de ser.

Se o passado foi ruim por nossa culpa,

devemos esforçar-nos para não o repetir.

Se a responsabilidade pelos problemas

que tivemos não foi nossa,

precisamos perdoar e olhar para a frente.

Por outro lado, também de nada adianta

esquecer o dia de hoje

na esperança de um futuro melhor.

É importante viver o presente,

enfrentando uma tarefa de cada vez.

Jesus sempre nos dá a receita sábia:

"Basta a cada dia a própria dificuldade".

O passado nos dá lições de sabedoria

e o futuro manifesta seus sinais no presente,

mas não podemos mudar

o passado nem viver no futuro.

O passado pode deprimir-nos, e o futuro

angustiar-nos; só o presente

é que nos realiza e transforma.

Cada dia é o início de uma vida nova

para quem sabe viver.

A cada dia, o seu fardo;

a cada momento, o seu dom.

Depressão

Preocupar-se,

mais não se inquietar

Uma das causas frequentes da nossa ansiedade

é a preocupação com o futuro.

Quantas e quantas vezes nos surpreendemos

pensando e sofrendo

por coisas que ainda não aconteceram

ou então fazendo planos e contas

mirabolantes para dez

ou quinze anos adiante?

E, aqui entre nós,

quem garante que esses planos

irão se realizar?

Não é muito tempo

e energia perdidos?

É claro que nós devemos pensar no futuro e,

até certo modo,

preocupar-nos com ele,

mas não nos inquietarmos.

A preocupação sadia e moderada

é responsabilidade,

mas a inquietação é falta de confiança

naquele que disse:

"Não se preocupem com o dia de amanhã,

pois o dia de amanhã terá

suas preocupações.

O Pai de vocês, que está no céu,

sabe que vocês precisam de tudo isso.

Em primeiro lugar,

busquem o Reino de Deus

e a sua justiça, e Deus dará a vocês,

em acréscimo,

todas essas coisas".

Depressão

Criamos nossas ansiedades

e depressões.

Na maioria das vezes, somos nós mesmos

que criamos as nossas ansiedades e

depressões pela maneira com que nos

julgamos e nos aceitamos.

Nós, seres humanos, somos maravi -

lhosos, temos um admirável capacidade

de transformar as coisas.

A mesma realidade que hoje nos ame-

dronta e nos faz sofrer pode, de um

momento para outro, transformar-se.

Quem manda em nós é a nossa

força interior.

Diz um provérbio: "Dois homens olha-

vam através das grades de uma prisão;

um via a lama, o outro as estrelas". A

grade era a mesma, as estrelas e a lama

também, mas a força interior de cada

um é que fazia a diferença.

A lama de hoje pode amanhã se trans-

formar em estrela se a estrela

estiver dentro de nós.

Na oração, no encontro com nosso cria-

dor e Pai, teremos condições de refletir

sobre a nossa realidade, reconhecer,

agradecer e amar a nossa pessoa, nosso

trabalho, nossa família e, assim,

levantar o nosso astral.

Se já estamos preocupados com a nos-

sa realidade interior, é porque a liber-

tação já está batendo à nossa porta.

Depressão

A falsa bondade gera depressão

Quando não nos sentimos bem em
fazer o bem, não o façamos, outros
farão. Nós não somos os únicos bons,
salvadores, insubstituíveis. Fazer o
bem de forma malfeita é pior que
não o fazer.
Quando deixamos de fazer algo, esta-
mo-nos omitindo e, assim, temos
ocasião para nos questionar e nos
avaliar.
Mas, quando fazemos o bem de forma
malfeita, encobrimos nossa consciên-
cia e consideramo-nos bons.
Portanto, é melhor refletir e assumir
a nossa atitude não agindo do que
forçar uma atitude de compreensão,
bondade, ajuda e, por causa disso,
tornar-se vítima e exigir reconheci-
mento. Quando fazemos o bem bus-
cando recompensa, para sermos
vistos ou valorizados e isso não acon-
tece, caímos em depressão.
Senhor, vem em nosso auxílio, só
tu podes salvar-nos.

Depressão

Avaliação da Vida

A ansiedade e a depressão são muito diferentes.
Enquanto a primeira acelera as atividades, a
depressão as diminui. Embora estejam sempre
correndo uma atrás da outra, as duas acabam
encontrando-se, porque, depois da ansiedade,
chega sempre a depressão.
De tempos em tempos, é bom fazer uma pausa
e avaliar a vida.
Entremos no nosso coração e não tenhamos medo
de nos ver, de nos reconhecer no espelho
das nossas ações.
A verdade muitas vezes nos machuca, nos humilha,
mas é a verdade. É melhor conhecer a nossa rea-
lidade, mesmo que não nos agrade, do que nos
iludir com uma falsa imagem. A verdade sempre
nos leva a Deus.
No profundo de nós, está Deus, o bálsamo para as
nossas feridas; ele é a mão que se estende para a-
menizar nossas dores, para nos indicar
o caminho.

DEPRESSÃO

INTRODUÇÃO

Desde a manhã até a noite, nós nos deparamos
com dificuldades, contratempos, sofrimentos,
agitação e situações de inveja, ciúme, revolta,
que podem provocar em nós depressão, ansie-
dade, medo e implicâncias de toda ordem.
Passamos o dia resolvendo esses problemas,
sem saber como dar uma guinada em nossa
vida. Nós somos os sujeitos da nossa felicidade.
A vida é linda! É preciso despertar a nossa
sensibilidade, desenvolvendo hábitos positivos,
otimistas, transparentes. Se olharmos a vida
com menos dureza, menos exigências, ela poderá
não ser tão perfeita, mas será mais leve, mais
agradável, mais prazerosa.