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sábado, 24 de abril de 2010

O Caçador e o Anjo




Quando conversei com meu Mestre
sobre os Anjos,
não estava muito segura de que eles
existissem.
Fiz muitas perguntas, e Ele me respondeu,
como a uma criança,
contando a seguinte história.
"Era uma vez um jovem Anjo que duvidava
da existência dos homens.
Ele via uma forma de carne, ossos, sangue,
pele, cabelos, uma forma material.
Essa forma se movia,
alimentava-se e descansava,
mas ainda assim o Anjo duvidava
de que fosse um homem.
O Anjo sabia que os homens são espírito
e matéria,
e que ele tinha de cumprir uma missão:
cuidar de um deles.
Porém, questionava se a forma rude que via
era mesmo de um ser humano.
O homem, chamado Estêvão,
só acreditava no mundo material e ria
quando alguém lhe dizia que existiam Anjos.
Um dia ele foi caçar numa floresta e,
correndo sobre o mato úmido atrás de um veado,
bateu contra o tronco de uma árvore morta,
que estava caída no chão.
A arma escorregou de suas mãos e um
forte estrondo,
como o rugido de um leão, agitou a floresta.
Rapidamente os pássaros revoaram
e animais pequenos voltaram a suas tocas.
Ao cair no chão a espingarda disparara,
e o caçador, com tão pouca sorte, foi ferido.
Estêvão, lá deitado, vendoo sangue
escorrendo de seu peito,
olhou para o céu a fim de pedir socorro e,
num raio de sol que penetrava
pela copa das árvores,
divisou a imagem de um Anjo
com suas asas brancas.
O Anjo, por sua vez, ao ver o homem
clamando por Deus, percebeu seu espírito.
Ambos se olharam com curiosidade e
em seguida passaram a se examinar
mutuamente.
-Você é um Anjo?
Então os Anjos existem!
-disse o homem, admirado.
-Você é um homem?
Então os homens existem!
-exclamou o Anjo.
Ambos deram-se as mãos.
Estêvão, no entanto,
havia perdido muito sangue e desmaiou.
Foi acordar num quarto simples,
da casa de um lenhador que "por acaso"
passara por onde ele se encontrava na floresta e,
ao vê-lo ferido, dispôs-se a ajudá-lo.
Desde esse dia o caçador se fez amigo do Anjo,
e o Anjo se fez amigo do homem.
O humano sentiu-se tão feliz com seu
companheiro celeste que deixou
de matar outras criaturas.
Agora, sua maior diversão era observar
os seres da natureza: ondinas e gnomos,
silfos e salamandras.
Mostrou também seu mundo a seu amigo:
casas e fábricas, lojas e clubes,
cinemas e teatros.
Mas o ser celeste preferia as florestas,
as montanhas e os mares,
o ruído dos ventos,
das ondas e dos pássaros.
O homem e o Anjo sempre permaneciam
juntos,
e os sensitivos que por acaso os viam,
detinham-se perplexos a observá-los:
ambos caminhavam juntos,
tão serenamente que ninguém sabia
se o homem era guiado pelo Anjo
ou se o Anjo era guiado pelo homem".

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