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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ESCRAVA ANASTÁCIA

QUEM ERA ESCRAVA ANASTÁCIA
Descoberto que foi o Brasil, em 1500, e para aqui,
vindos, logo em seguida, os primeiros colonizadores
e os primeiros governadores, necessário se fazia, desde
então o desenvolvimento da terra, especialmente no
concernente à lavoura.
Daí o terem vindo os célebres Navios Negreiros, tão bem
descritos e decantados pelo imortal poeta baiano,
Antônio de Castro Alves.
Os tais navios negreiros aprisionavam os pobres negros
africanos, para aqui trazendo-os como escravos,
aqui eram vendidos.
Eram os infelizes negros oriundos da Guiné, de
Angola e do Congo.
Entre eles, veio ANASTÁCIA - Princesa BANTU.
"Destacou-se pelo porte altivo, pela perfeição dos
traços fisionômicos, jovem de ANGOLA. Era bonita,
de dentes brancos e lábios sensuais, onde se notava
sempre um sorriso triste. Em seus olhos grandes, havia
sempre uma lágrima a rolar silenciosa.
Pelos seus dotes físicos, presume-se tenha sido ela
aia de uma família nobre que, ao regressar a PORTUGAL,
a teria vendido a um rico Senhor de Engenho.
Pelo seu novo dono, foi ela levada para uma fazenda
perto da Corte, onde sua vida sofreu forte e brutal
transformação.
Cobiçada pelos homens, invejada pelas mulheres, foi
amada e respeitada por seus irmãos na dor, escravos
como ela própria bem como pelos velhos que nela
sempre encontaram a conselheira amiga.
Estóica, serena, submissa aos algozes até morrer,
sempre viveu ela.
Chamavam-na ANASTÁCIA, pois não tinha docu-
mentos de identificação, por ela deixados na Pátria
distante, onde também ficaram seu pai, mãe e um
irmão. Foi violentada cruelmente para aumentar o
serralho. Assediada pelo feitor, a quem inspirara paixão
mórbida e que a violentou cruelmente, tornando sua
vida um martírio, como se não bastasse a tortura da
própria escravidão.
Perseguida pelos homens das redondezas da fazendas
em que vivia, suas noites eram de angústia, medo e
vergonha. Sacrificada sua honra, seu corpo, sua
dignidade, pela violência dos homens que a disputavam
como se fosse um objeto à venda.
Como consequência inevitável, teve ela muitos filhos.
Crianças lindas, de olhos azuis como o azul do
céu distante.
ANASTÁCIA, durante o dia, trabalhava no engenho.
O caldo de cana lhe era negado como a todos os
outros escravos.
Certo dia, lhe veio a vontade de provar um torrão
de açúcar. Foi vista pelo malvado feitor que,
chamando-a de ladra, colocou-lhe uma mordaça
na boca.
Era a vingança: ANASTÁCIA jamais se deixaria
beijar. Era ela pura, inocente e casta. Esse castigo era
infamante e chamara a atenção da Sinhá Moça,
vaidosa e ciumenta, que, ao notar a beleza da escrava,
teve receio que seu esposo por ela se apaixonasse.
Pérfida, sem consultar o esposo, mandara colocar
no pescoço da escrava uma gargantilha de ferro.
Não resistindo por muito tempo a tortura que lhe
fora imposta tão selvagemente, pouco depois a escrava
falecia, com gangrena, muito embora trazida para o
Rio de Janeiro. O ferro lhe penetrara as carnes,
ferindo-as mortalmente.
E assim, desencarnou a infeliz ANASTÁCIA.

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