
Deitada, sinalizo meu corpo
Frente ao espelho. Refletido
O teu rosto, amor, eu toco o seio
Quando lembro tua mão no meu.
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Em sonho, tua boca mais que presente
Desfazendo dúvidas, receios, temendo
A dissolução!
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Deitada, deslizo minha mão
Sobre essa pele que ainda é tua
E úmida te vejo na minha tela.
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E em prantos, me vejo só e nua
Ouço tua voz tão desejada dizendo
"Eu te amo", mas nada eu posso mais.
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Deitada, releio mentalmente
Cartas, resumo de paixão consagrada
A um amor que não viverei mais.
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EU TE AMO, meu grito é o eco
Desconexo e infinito
Ao amor que chegou tarde demais!
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(Cida Piussi)
(Cida Piussi)
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