
Os pais não participam da maravilhosa
fama que têm as mães.
Elas parecem receber sempre todos
os louros na criação dos filhos.
Nossa imagem mais comum de um pai
é a de um homem forte,
um pouco distante,
muitas vezes submerso em suas preocupações...
Geralmente, em segundo plano.
Vamos fazer uma homenagem calorosa
e autêntica a cada um deles.
-Ao pai que encontra tempo para brincar
com seus filhos
e ao pai fatigado pelas horas de trabalho
que escuta de noite; já quase dormindo
os relatos sem fim de brigas e vitórias.
-Ao pai amigo que acampa com seu filho
e mais cinco amigos
numa noite de inverno,
ocultando medos e frios;
e ao pai mestre que, da sua escrivaninha,
revela ao seu filho o mundo infinito dos livros.
Ao pai jovial, complacente,
que entende de música,
de motores ou de moda feminina;
e ao pai severo,
convencido de que sua firmeza
é o melhor para seu filho.
A tantos pais humildes que,
esquecendo-se de si mesmos,
sonharam com a melhor educação para seus filhos...
A tantos pais que se debatem entre as reprimendas:
"Papai, não trabalhe tanto;
chegue mais cedo à casa"
e os pedidos:
"Papai, preciso; Papai, quero..."
A todos os pais que permanecem acordados
nas noites de febre dos seus filhos,
em silêncio,
só porque eles podem necessitar da sua presença.
A todos os pais de meninas,
aos quais lhes custa expressar-se com
palavras ou com beijos,
mas conservam todos os desenhos
que elas lhes dedicam.
A todos os pais que gostariam
de ser o único ídolo de seus filhos homens,
e depois deixam que ganhem a partida
para que fiquem mais felizes.
Demos a mão a cada um desses pais que,
detrás de tanta fortaleza,
anelam também nosso carinho.
Que ocupem o melhor dos lugares para festejá-los,
para agradecer-lhes...
O maior aplauso, de pé,
para quem é hoje e todos os dias,
também o grande protagonista.
**
(Lidia Mariá Riba)
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