
TEMPORAL
(Flávio Leite)
Pedaços dessa vida se perderam na chuva,
Eu acho que meus olhos andam meio doentes,
Vi sonhos e sorrisos se afogando na lama
E pesadelos enforcando velhos e adolescentes.
Meus dedos já não servem mais pra essa luva,
As unhas estão sujas com pedaços de pele,
As rochas resolveram descer as montanhas
E tudo o que resta é o sofrimento da gente.
Mas ainda existe amor
Nas mãos de quem quer ajudar
Aos que, de tanto insistir,
Ainda teimam em respirar.
Não há carros e pessoas trafegando nas ruas,
Do alto a dor não atinge quem esteve ausente,
Famílias destruídas pelas águas em fúria,
O sangue se esvai por entre as frestas dos dentes.
Agora o vento frio já não faz mais a curva
Onde, um dia, o sol da terra fez um lugar mais quente,
A lágrima que cai é minha, mas também é sua,
Diante da tragédia não podia ser diferente.
Mas ainda existe amor
Nas mãos de quem quer ajudar
Aos que, de tanto insistir,
Ainda podem respirar.
(Flávio Leite)
Pedaços dessa vida se perderam na chuva,
Eu acho que meus olhos andam meio doentes,
Vi sonhos e sorrisos se afogando na lama
E pesadelos enforcando velhos e adolescentes.
Meus dedos já não servem mais pra essa luva,
As unhas estão sujas com pedaços de pele,
As rochas resolveram descer as montanhas
E tudo o que resta é o sofrimento da gente.
Mas ainda existe amor
Nas mãos de quem quer ajudar
Aos que, de tanto insistir,
Ainda teimam em respirar.
Não há carros e pessoas trafegando nas ruas,
Do alto a dor não atinge quem esteve ausente,
Famílias destruídas pelas águas em fúria,
O sangue se esvai por entre as frestas dos dentes.
Agora o vento frio já não faz mais a curva
Onde, um dia, o sol da terra fez um lugar mais quente,
A lágrima que cai é minha, mas também é sua,
Diante da tragédia não podia ser diferente.
Mas ainda existe amor
Nas mãos de quem quer ajudar
Aos que, de tanto insistir,
Ainda podem respirar.
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