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sexta-feira, 9 de julho de 2010

As Delicadezas das Graças


3ª PARTE


As religiosas,
que convivem tanto tempo com ela,
apreciam as belas qualidades naturais
de Teresa,
estimam-se sinceramente,
mas não percebem a sua santidade.
Chegam a considerar algumas das suas
ações mais generosas como negligências
e imperfeições.
Consideram-na como uma menina
que dá muitas esperanças,
mas que ainda tem poucas virtudes
adquiridas.
Mas há mais.
E aqui, para julgar corretamente as coisas,
é preciso admitir a vontade da Providência.
No Carmelo reina uma extremada caridade;
de acordo com a vontade da fundadora,
Santa Teresa de Ávila,
as doentes são tratadas com as maiores
atenções.
Ora, eis que no fim da quaresma,
a pequena Santa expele sangue em
diversas ocasiões.
Como o dever impõe, ela não o esconde.
Mas di-lo com simplicidade tão graciosa
que ninguém se preocupa com o seu estado
de saúde.
Deixam-na continuar com os jejuns e vigílias,
protelam o tratamento da doença.
O divino Mestre assim o quis:
porque tinha pressa em colher
esta alma virginal para os jardins do seu
Paraíso.
No Carmelo de Lisieux,
Teresa depara-se com outras cruzes,
mas estas não lhe vêm das criaturas.
Penetram mais a fundo no seu coração,
martirizam-na mais,
porque foram plantadas pela mão
do próprio Deus.
Que cruzes tão dolorosas são essas?
Primeiro é a provação que se abate sobre
a família: prostra o pai que ela amava
com tanta ternura,
e leva-o ao túmulo,
após uma penosa agonia de três anos.
Segue-se uma terrível escuridão:
grandes tentações contra a fé,
combatidas sem tréguas,
mas sempre a renascerem.
Durante longos meses,
elas atormentam Santa Teresinha.
Esta enorme provação só terminará
no leito da agonia:
clarõesde luz hão-de rasgar a noite
e Teresa exalará o último suspiro
num grande êxtase de amor.
Para compreender este cruel sofrimento,
devemos conhecer a doutrina de
São João da Cruz
sobre as purificações passivas.
Os estreitos limites deste opúsculo
impedem-nos de expôr detalhadamente
tal doutrina;
mas podemos afirmar,
sem faltar à mais estrita verdade,
que esta última provação de Teresa
ultrapassa os mais dolorosos sofrimentos
naturais.

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