ESCRAVA ANASTÁCIA

O feitor e a Sinhá Moça se sentiram arpoados

por um sentimento tão forte de culpa, que lhe

foi permitido o velório na Capelinha da

Fazenda.

Seu senhor, também levado pelo remorso,

providenciou-lhe um enterro como escrava

liberta depois de morta.

Seu corpo foi sepultado na Igreja construída

pelos escravos, com seus suores misturados

à cal, às pedras e ao óleo de baleia. Foi sepultada

por dezenas de escravos.

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Justificando o ter dito eu, no início da história

sobre ANASTÁCIA, devo aqui, aduzir:

1) Meu bisavô materno, aqui vindo de África,

entre as levas de escravos, por ser chefe de

tribo e aqui batizado com o nome de

ANTÔNIO ALVES TEIXEIRA (liberto, ou

melhor, alforriado com a colaboração dos demais

escravos), teve importante atuação no âmbito

da escravidão.

Dela veio meu avô materno (Cel. Dr. ANTÔNIO

ALVES TEIXEIRA - médico), dele saindo meu

nome: ANTÔNIO ALVES TEIXEIRA (neto).

2) Meu pai - PEDRO AMÉRICO DOS SANTOS
PEREIRA, era descendente de ANTÔNIO
BAPTISTA FERREIRA FEIO - O UMBURANAS

que, em 1865, chefiou, na Bahia, a revolta dos

escravos muçulmanos malés.