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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Papai, Meu Amigo



2ª Parte


A professora ficou completamente desconcertada.
Abraçou Martha num gesto de desculpas,
sorriu e fez sinal de que agora compreendia.
O grupo de leitura inteiro abriu um sorriso
de alívio.
Chamem-no de pai, papai, papaizinho, paizão,
ou como queiram chamar,
é tudo a mesma coisa...é universal.
"Todo mundo tem pai."
Há várias décadas, quando crescia,
era muito mais fácil definir um pai.
Era a parte masculina do casal, em geral,
quem sustentava a casa,
o disciplinador final,
quem tomava as decisões,
o chefe simbólico da família.
Quando o carro enguiçava ele consertava.
Quando a tampa de um vidro
se recusava teimosamente a reabrir,
recorria-se a ele.
Caso se ouvisse um barulho estranho no corredor,
era ele quem o investigava.
E, principalmente,
se você tinha estado impossível naquele dia,
era o papai que o ameaçavam:
-Espere só até o seu pai chegar em casa.
Ele ficava fora grande parte do tempo
num lugar misterioso chamado trabalho,
que o afastava de casa durante o dia
e muitas vezes o preocupava à noite.
Fazia parte daquele mundo vasto e
imcompreendido dos adultos, que as crianças
nunca entendiam inteiramente.
Naquela época, em geral,
aceitava-se que os pais mantivessem os filhos
a uma certa distância emocional.
As crianças que cresciam encaravam as mães
como as pessoas que as criavam.
A parte do pai era sustentar a casa
e pagar o aluguel.
Dos pais,
era o que a criança menos conhecia.
Como a humorista Erma Bombeck escreveu
sobre o pai dela: "Quando eu era criança,
um pai era como a luz dentro da geladeira.
Toda casa tinha,
mais ninguém sabia realmente
o que qualquer um deles fazia quando
se fechava a porta."
Os meios de comunicação historicamente
representavam o pai,
quando por acaso estava presente,
como uma pessoa cheia de si, ineficaz,
mas amável,
que não parecia se importar em ser
negligenciada, ignorada ou ridicularizada.
Era o bode expiatório para qualquer coisa horrível
como colarinho sujo,
caspa na lapela ou mau hálito.
Tudo isso era muito diferente de outra imagem
anterior de pai que inspirava mais medo
do que o respeito aos filhos.
Ele era responsável por fazer os filhos
"tementes a Deus",
"baixando o pau neles".
Era sério, compenetrado, áspero, dominador
e inacessível.


(continua depois)

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