NA VIA PÚBLICA

Ao passares por alguém na via pública,

é possível que não faças idéia dos dramas que ele esteja vivenciando...
Das preocupações que carrega

que o impedem de cumprimentar-te com alegria e espontaneidade.
Não interpretes por orgulho ou indiferença o que,

talvez, seja apenas sofrimento.
Quem vês caminhando na rua aparentando segurança,

não sabes das dores que lhe pungem o coração.
Por um filho que enveredou pelo atalho do vício

e jaz internado numa clínica psiquiátrica...
Por um cônjuge cujo desequilíbrio se cronificou

e não consegue arredar pé da própria casa...
Por uma mãe ou um pai doente sobre a cama

solicitando constantes cuidados de enfermagem...
Por si mesmo,

que há muito anda desempregado,

batendo, em vão, de porta em porta,

na esperança de trabalho honesto...
Por conflitos afetivos nos quais, tantas vezes,

se vê embaraçado,

sem forças para deles se desvencilhar...
Não faças juízo dos teus semelhantes pelo que aparentam,

porque tu mesmo sabes que,

em essência,

não és a imagem que se projeta de ti no espelho em que te fitas.
O amigo que cruza contigo os passos

é tão humano e tão carente quanto te esforças

para não ser aos olhos dos teus semelhantes.
Compadece-te e endereça-lhe um pensamento de paz,

rogando à Providência Divina

que interceda na solução dos problemas que o afligem,

assim como esperas que a

Divina Providência interceda pelos teus.

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PELO ESPÍRITO: Irmão José